Espionagem

 

Dizem por aí que os FBD nasceram de uma fusão improvável: uma versão rasca do FBI misturada com o Diddy da chantagem emocional.

O seu forte era fazer trampas e conseguir os seus objetivos através de mentiras e ameaças.

Apresentam-se como grandes investigadores da “verdade”, quando, na realidade, vivem a propagar mentiras e a encenar falsidades. Eis o grande paradoxo desta gente.

Missão oficial: “Controlar o caos.”

Missão real: “Criar o caos... para depois fingirem que o controlam.”

Maria era uma mulher diferente. Não diferente por escolha, mas porque carregava um dom: era visionária.

O que é uma pessoa visionária?

Não é alguém mais inteligente nem alguém com superpoderes. É uma pessoa aparentemente comum, mas que tem a capacidade de ver fragmentos do futuro ou do passado, em momentos específicos. Essa visão pode manifestar-se de muitas formas — na arte, no cinema, na música, ou até em sonhos. É algo espontâneo, natural, impossível de programar ou controlar.

Não há muitas pessoas com esse dom, mas existem algumas — em maior ou menor grau. Não são mágicas, apenas percebem acontecimentos antes do tempo.

Quando os FBD descobriram que Maria possuía um dom natural, sentiram-se mortalmente ofendidos. O ego coletivo deles não suportava a ideia de que alguém — especialmente uma mulher comum — pudesse ter algo que eles próprios não tinham. E assim, deram a ordem: destruir Maria.

Começaram por atacar o seu trabalho. Sabotaram-lhe oportunidades, armaram situações humilhantes, manipularam perceções. Convocaram colegas, chefes e até desconhecidos para colaborar na missão — afinal, Maria não podia, de forma alguma, sobressair ou evoluir, pois isso feria profundamente a frágil autoestima dos FBD.

Passo a passo, foram corroendo aquilo que Maria construíra. Criaram provocações até que ela explodisse e abandonasse os empregos. Mancharam o seu nome no mercado de trabalho. Sempre que ela tentava fazer uma formação, inscrever-se num curso ou melhorar a sua vida, lá vinham eles destruir cada oportunidade, como se o desenvolvimento de Maria fosse uma ofensa pessoal à existência deles.

E fizeram tudo isto à vista de toda a gente. Porque os FBD acham-se acima da lei — e não se cansam de o ostentar. Pelo contrário: sentem-se orgulhosos da sua impunidade.

Maria, mesmo com toda a dor, achava aquilo tudo estranho. Tratavam-na como se não valesse nada… mas, ao mesmo tempo, tinham uma necessidade obsessiva de lhe mostrar poder, como se precisassem de um público para o seu pequeno teatro.

Queriam demostrar que são eles que mandam!! Isso toda a gente sabe. Maria é apenas uma pobre mulher. 

Mas a ignorancia dos FBD associada a soberbia nao tem limites.

Sempre que Maria criava uma amizade verdadeira ou iniciava uma relação amorosa com alguém, os FBD entravam em pânico. Sentiam-se profundamente magoados — e aterrados. Imediatamente enviavam uma “ordem de destruição”: Maria não podia ter laços afetivos com ninguém. Só lhe permitiam relacionar-se com tontos escolhidos e controlados por eles.

Assim, pouco a pouco, transformaram Maria numa prisioneira invisível. Porquê? Porque ela tinha algo que eles queriam — algo que não conseguiam controlar. Um talento, uma visão, uma luz que os incomodava. Porque os FBD podem ser ignorantes... mas não são parvos. Perceberam rapidamente o valor que Maria carregava e começaram a arquitetar planos para a explorar. Para se apoderarem dela. Para a dobrar à sua vontade.

Mas o que os FBD não sabiam... é que o poder deles só funciona sobre quem acredita nas mentiras. E Maria, ao contrário do que eles esperavam, nunca perdeu a lucidez. Pode ter sido silenciada e isolada,  mas nunca foi manipulada.

Os anos passaram e estas práticas transformaram-se numa rotina, onde foi normalizada a espionagem e violaçao de direitos humanos e inclusive criaram novas profissões:

• Maria não tinha qualquer relevância para a história, estava como uma prisioneira, cobaia e pretexto para a operação "caça às bruxas". Após anos de tortura repetitiva e a destruírem, estava como morta, sem qualquer reação. Como se essas práticas para ela já fossem um costume, fazia parte da rotina.

• Os FBD oficializaram a profissão de “psicopatas”, cuja missão era provocar e arranjar elementos de tortura. 

• Os cabecilhas dos FBD vendiam tudo o que tinham: a mãe, os filhos, os amigos… até o periquito. Tudo valia, em nome do lucro e da vaidade. A NASA pagou-lhes uma fortuna para obter “amostras de algo sobrenatural”. Mal sabiam eles que Maria não tinha poderes mágicos. Era apenas humana.

• Depois estavam os tontos, eram pessoas próximas de Maria que iam mudando conforme as circunstâncias, que debitavam textos e riam-se todo o tempo sem saberem de quê! Mas isso também não importava. Eram utilizados como instrumentos de tortura.

• Passavam horas infinitas a provocar Maria, seja com coisas do presente ou passado, tentando todas as formas, situações e pessoas. O seu único objetivo era que Maria se assustasse ou tivesse uma reação. Misturavam todo o tipo de temas e situações. Como Maria já não tinha qualquer reação, começavam a fazer ruídos estranhos e a mandar coisas ao chão, para que Maria tivesse alguma reação quando tocavam em temas ou pessoas do seu interesse.
  Quando Maria tinha uma reação, por mais rara que fosse, os FBD gritavam de alegria.
  Já tinham uma amostra. (patetico mas real)
  Também adoravam fazer Maria explodir para dizerem que tinham poder sobre ela.

E não passava disto. Tornou-se uma rotina diaria.

Até que um dia acontece uma coisa surpreendente.

O planeta Terra estava à beira de um colapso — a maior catástrofe natural de todos os tempos!

Porque as leis da natureza foram desafiadas, desrespeitadas e subestimadas.

Maria foi escolhida por Deus, e isso não foi respeitado. Quando Maria um dia confessou que via sinais e tinha visões do futuro, assim como romantizou a sua relação com o homem de quem gostava naquele momento, os FBD sentiram-se muito magoados e destruíram a visão de Maria, trocando o belo pelo negativo, os sonhos por pesadelos, as coisas boas por coisas maléficas e horríveis. Começaram a pôr sinais falsos onde podiam, mudando as coisas naturais do seu lugar e desequilibrando o ecossistema.

Quando desafiam Maria e lhe fazem mal, não estão realmente a ferir Maria — estão a ferir o mundo.

Cada injustiça, cada tormento, cada tentativa de destruição propagou uma onda de energia negativa que se espalhou para além da vida dela.

Os FBD, na sua arrogância, começaram a contaminar tudo à sua volta. Espalhavam o mal como se fosse o seu legado. O seu ego doente tornou-se uma fábrica de sofrimento. Começaram a propagar o mal, a mentira e a falsidade e a provocar energias negativas no planeta.

Quando o mundo se deu conta de que o chefe dos FBD tinha transtornos psicológicos e tomou más decisões, já era tarde.

O planeta já estava em contagem decrescente.

(Nao se assustem :) é ficçao. É a apresentaçao do livro da minha colega de curso, que será publicado em breve, e começou a sua divulgaçao).